A história que vos vou contar não é muito diferente de tantas outras que se passaram no começo do século XX, quando uma vaga de colonizadores portugueses foi para África em busca da quimera de ouro. A situação sócio-económica em Portugal não era muito favorável e muitas famílias deixaram a metrópole e rumaram ao Ultramar.
Decorria a década de 30 quando o casal Alfredo Ribeiro de Campos e Armandina Pereira Lemos de Campos foram para Angola. Apesar da conjuntura em Portugal não estar muito favorável, este casal vivia abastadamente na, então, vila de Albergaria-a-Velha (Distrito de Aveiro), onde ele dirigia um jornal de cariz republicano e ela dedicava-se à educação dos filhos e ao governo do lar.
No entanto, o impulso foi grande e, “puxado” pelos cunhados que já se encontravam em Angola, onde se dedicavam ao comércio de bens alimentares e afins, decidiu partir com a esposa e com quatro dos cinco filhos já nascidos (Mercedes Lemos de Campos, Alfredo Lemos de Campos, Gualberto Lemos de Campos e Vasco Lemos de Campos). Para trás ficou Manuel Lemos de Campos, ao cuidado de uma tia paterna, por se encontrar doente. (...)
(...) foram um dos primeiros casais a povoar Camacupa. Povoar, sim, porque tiveram mais quatro filhos em terras de Catanganha. Dois nasceram de uma vez, mas faleceram poucos dias após o nascimento. Mais tarde nasceram o Mário Lemos de Campos e a Magda Lemos de Campos.
Esta numerosa família foi crescendo, mas os negócios do meu avô com os seus cunhados não correram como esperado. (...)
Como os negócios não andaram para a frente, o meu avô foi trabalhar para o grémio e, mais tarde, abriu o bar “Campos”, junto da loja do Cameia (mais tarde quartel da tropa) e do Desportivo Futebol Clube.
Fonte: Filomena Campos (Viseu)
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